Neurônios verdes fritos
Vamos ao primeiro post de 2012!
Primeiramente espero ver o surgimento de muitas empresas tecnológicas nesse ano que se inicia, principalmente dos grupos que participamos dentro das universidades.
Desejo muito ver o amadurecimento dos neurônios verdes dos alunos que acabam de entrar nas universidades, pois o que se vê atualmente é um grande número de alunos sendo formados como um carro na linha de produção massiva da educação formal.
Muita informação é despejada em cima desses futuros formandos durante toda sua trajetória acadêmica, mas a universidade acaba esquecendo de “ensinar” esses estudantes como processar toda essa informação e transforma-la de fato em um conhecimento aplicável e capaz de gerar renda de forma independente.
Não tenho absolutamente nada contra em trabalhar nas grandes empresas tecnológicas, desde que você de fato aplique seus conhecimentos e não apenas ocupe uma vaga onde as funções possam ser exercidas até por um macaco treinado.
Saibam que grandes empresas americanas como Microsoft compram pequenas Startups para comporem seu leque de produtos, quer um exemplo clássico disso? Que tal o Powerpoint?
Só existe inovação quando pequenas empresas perdem o medo de buscarem apoio de grandes empresas e investidores, mas para chegarmos a esse ponto precisamos criar uma cultura de pessoas capazes de aceitarem o risco de forma explícita, digo explícita, pois todos corremos riscos de forma velada, gerando uma falsa sensação de tranquilidade, mantendo um grande número de pessoas presas em suas “bolhas de conforto” por longos períodos, até que sem aviso algum elas são estouradas por um evento imprevisível.
O país passa por um momento único, onde existe a real necessidade por pessoas dispostas a terem seus neurônios fritos na busca de uma real oportunidade na geração de pesquisas e produtos com alto valor agregado e que principalmente sejam capazes de gerar riquezas e inclusão social em nossas terras.
Nessa minha andança pelas universidades pude observar a falta de maturidade dos alunos que vão para as aulas se sentindo obrigados, não existe o mínimo interesse pelos conteúdos abordados em sala, existe apenas no âmago desses alunos o interesse pelos seus diplomas.
As aulas são chatas ou o professor é que não está preparados para “ensinar” a geração Y? Essa questão fica até cômica se comparada a propaganda do biscoito Tostines.
Enfim, precisamos de educadores e de uma sociedade que colabore para que esses futuros profissionais tenham de forma mais rápida o amadurecimento de seus neurônios verdes, mantendo a disposição dos mesmos para frita-los na frigideira das novas oportunidades azeitados com um bocado de capacidade e pitadas de risco a gosto.
Garçom! Mais um neurônio maduro e frito por gentileza?
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